Silêncio!
- Elaine Natal
- 21 de fev.
- 1 min de leitura

Silêncio.
Minha mente está inquieta e faz muito barulho aqui dentro. Eu que sempre fui excesso, hoje preciso da falta.
Todo dia é dia de aprendizado e hoje aprendi que nem sempre demonstrar o que se sente é suficiente. Será que ficaria mais leve se meu coração não insistisse em transbordar de tudo?
Silêncio! Preciso ouvir o que ele diz, mas não consigo.
Ele fala em códigos e o primeiro deles é sentir os olhos cheios d’água, depois o peito aperta de um jeito agonizante. Sinto falta dela, só que percebo que nunca a tive e isso dói mais do que as palavras que ouvi. Ele pede que eu grite, mas não consigo. Só sei sentir isso pra dentro, pulsando e fervendo e isso dói.
Eu que sonhei com alianças e luz, hoje tenho as mãos vazias, perdidas sem ter o que buscar. Agora sou noite e só a lua me entende, solitária, se derramando sobre tudo.
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